Dr. Gabriel Fernandes

A dermatite atópica não controlada pode iniciar na infância e persistir durante a vida adulta. Nas crianças, a coceira incontrolável, o sono de baixa qualidade, as marcas na pele, levam a uma dificuldade de aprendizado na escola e a maiores taxas de isolamento social. Nos adultos, esse histórico persistente da dermatite atópica pode afetar as escolhas de rotina, de carreira e de relacionamentos.

O Dr Gabriel Fernandes é especialista no tratamento da Dermatite Atópica

O Dr Gabriel Fernandes é médico dermatologista em São Paulo e associado da Sociedade Brasileira de Dermatologista.

foto do dr gabriel, que trata dermatite atópica

Com o seu Registro de Qualificação de Especialidade, o Dr Gabriel é especialista em tratar as doenças da pele. Na residência médica em Dermatologia no Serviço de Dermatologia da Universidade Federal de São Paulo (Escola Paulista de Medicina) teve contato e tratou pacientes com dermatite atópica leve a grave, orientado por mestres da dermatologia brasileira.

Sua participação na preceptoria Advancing Dermatology da Icahn School of Medicine, em Nova Iorque, reforçou seu conhecimento no uso de medicações avançadas para doenças imunomediadas da dermatologia

Mas o que é a Dermatite Atópica?

dermatite atópica é uma doença inflamatória que leva a um ressecamento intenso da pele, com coceira importante, descamação e manchas. Afeta mais comumente crianças, que podem persistir com esta condição durante toda a vida a adulta. Não existe ainda uma cura, mas há tratamento eficaz para melhorar os sintomas e a qualidade de vida do paciente atópico, e impedir as complicações da doença.

Os principais sintomas da doença são:

  • Coceira
  • Pele seca
  • Descamação
  • Pele avermelhada ou arroxeada ou mais escura (dependendo da cor de pele)
  • Pequenos caroços pelo corpo
  • Manchas, placas
  • Espessamento da pele
  • Fissuras
  • Sangramentos
Paciente com dermatite atópica e muita coceira no pé

Os locais mais comumente afetados são parte interna de cotovelos e joelhos, pescoço, calcanhar, e a face.

Ansiedade e depressão também são manifestações muito comuns nos pacientes que sofrem com esta dermatite.

O impacto na vida de quem vive com atopia

A dermatite atópica leva a um fardo social importante na vida do paciente. Principalmente nos casos que se iniciam na infância e perduram na vida adulta, impactando no funcionamento diário, acadêmico, escolhas de carreira, convívio social e familiar. Pacientes com esta doença crônica de pele têm uma necessidade ainda maior de utilizar os recursos de saúde para saúde mental, já que possuem mais diagnósticos de ansiedade, depressão, transtornos obsessivos, e distúrbios do sono

Pacientes com dermatite atópica não tratada ou subtratada (que teve uma melhora parcial dos sintomas), tem uma qualidade de vida diminuída em relação a pessoas que não tem a doença e tem uma produtividade no trabalho reduzida (já demonstrada em estudos).

Pacientes com dermatite atópica que não sai de casa

Alguns pacientes evitam sair de casa o máximo possível, outros faltam ao trabalho ou deixam de realizar suas tarefas diárias.

É muito comum que os pacientes usem camisas de manga longa, calças, casacos mesmo no calor para evitar que as pessoas olhem para a sua pele com marcas e com descamação. Mas quem tem a dermatite também no rosto ou no couro cabeludo acham mais difícil de esconder suas marcas quando saem na rua.

Pacientes relatam sentir:

  • Vergonha dos olhares
  • Medo de rejeição
  • Solidão

E isso leva a imagem de que pacientes atópicos são introvertidos, mas na verdade eles tem ansiedade social, o que afeta a capacidade de criar laços afetivos de amizade e até de namoro, causando uma dificuldade no momento de atividades sexuais.

Pacientes com dermatite atópica muitas vezes dormem apenas 3 a 4 horas por noite, tem dificuldade no adormecer e/ou acordam para se coçar.

Na escola, eles deixam de praticar esporte ou de fazer exercícios na vida adulta, porque além da vergonha, o calor e suor podem piorar a coceira. Tudo isso pode contribuir para o ganho de peso, obesidade, prejudicando ainda mais a saúde dessas pessoas.

Além da pele

A dermatite atópica é uma manifestação na pele de uma condição chamada “atopia”.

Ela pode vir acompanhada durante a vida de uma pessoas de outras doenças, como:

  • Rinite alérgica
  • Asma
  • Alergia alimentar
  • Conjuntivite alérgica
  • Esofagite

Geralmente não se tem todas ao mesmo tempo, podendo alguma iniciar em um momento, melhorar, e depois surgir alguma das outras manifestações.

A atopia é muito variável quanto a gravidade de cada uma dessas doenças. Alguns pacientes podem ter asma grave e dermatite atópica leve, ou o contrário.

Enfatizando o acompanhamento com o especialista, seja o dermatologista, alergista, pneumologista, gastroenterologista ou oftalmologista.

O impacto do tratamento da dermatite atópica

Apesar de na internet poder achar diversos tipos e formas de melhorar a dermatite, muitos deles indicados por pessoas não especializadas, acaba levando a um gasto financeiro desnecessário e perda da janela de oportunidade se iniciar um tratamento precoce e eficaz que pode evitar muito sofrimento.

A hidratação é sempre recomendada, em todos os níveis. O uso de loções ou creme hidratantes é incentivado uma, duas, ou mais vezes ao dia. Mas é importante levar em consideração o custo destes produtos na vida financeira do individuo. A priorização de áreas mais afetadas e medidas que prolongam o efeito da hidratação devem ser ensinadas ao paciente, como o pijama molhado ou “wet dressing”.

Pomadas medicamentosas, comprimidos e injeções também podem ser indicadas dependendo do paciente. A boa noticia é que existem opções disponíveis nos sistemas público e privado.

A dermatite atópica não controlada leva os pacientes a precisar de um maior número de consultas, e a um maior gasto seja com a própria consulta, e/ou com transporte, ou perda de dias de trabalho.

Pacientes acompanhados e bem tratados com um profissional especialista na dermatite atópica vão a consulta em torno de duas a três vezes ao ano.

Para se preparar para sua consulta, lembre-se:

  • Vá com roupas fáceis de vestir,
  • Leve o seu histórico de tratamentos,
  • Lista dos produtos que usa em casa (creme, sabonete, shampoo),
  • Últimos exames de sangue;
  • Carteira de vacinação

Leia mais:

https://www.aada.org.br/

https://drgabrieldermatologista.com.br/doencas-de-pele/