Dr. Gabriel Fernandes

A psoríase é uma condição inflamatória crônica da pele que afeta milhões de brasileiros. Embora não tenha cura, existem diversos tratamentos modernos que ajudam a controlar os sintomas e melhorar a qualidade de vida dos pacientes. No Brasil, o acesso a esses tratamentos pode ser feito pelo Sistema Único de Saúde (SUS) ou pelo sistema privado, com planos de saúde ou recursos próprios.

Quem trata psoríase?

foto do dr gabriel, que prescreve medicamentos para psoríase

O Dr Gabriel Fernandes é médico dermatologista em São Paulo e associado da Sociedade Brasileira de Dermatologista.

Com o seu Registro de Qualificação de Especialidade pelo Conselho Federal de Medicina, o Dr Gabriel é especialista em tratar as doenças da pele, cabelo, couro cabeludo e unhas.

Na sua residência médica no Hospital São Paulo, ele atendeu muitos pacientes com diversas formas de psoríase.

No consultório, o Dr Gabriel trata de pacientes com esta condição que conseguem acesso a medicamentos eficazes seja via o sistema público ou privado.

Tratamento pelo Sistema Único de Saúde

O Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) da Psoríase é um documento oficial do Ministério da Saúde que orienta quais medicamentos estão disponíveis no SUS para tratar a psoríase. O PCDT de 2019 lista as opções de tratamento, incluindo medicamentos tópicos, sistêmicos orais ou biológicos, dependendo da gravidade da doença:

  • Psoríase leve (que afeta pequena parte do corpo e/ou não afetam tanto a qualidade de vida da pessoa): tratamentos tópicos, como corticoesteroides e análogos de vitamina D;
  • Psoríase moderada a grave (que não melhora com tópicos, que afeta maior parte do corpo, ou em áreas especificas como couro cabeludo, unhas, palmas, plantas tendo grande impacto na qualidade de vida): medicamentos sistêmicos imunossupressores, imunomoduladores, imunobiológicos (adalimumabe, etarnecept, secuquinumabe, risanquizumabe, ustequinumabe).

Como conseguir medicamentos sistêmicos para Psoríase pelo SUS?

  1. Diagnóstico e laudo médico: procure um dermatologista seja no SUS ou no consultório particular que avalie sua gravidade e indique o tratamento mais adequado para o seu caso;
  2. Solicitação de medicamento: preenchimento do Laudo para Solicitação, Avaliação e Autorização de Medicamentos Especiais (LME);
  3. Exames complementares: para alguns medicamentos e dependendo do estado, exames complementares devem ser entregues junto com os outros documentos;
  4. Análise do pedido: a Secretaria de Saúde avaliará sua solicitação com base nos critérios do PCDT;
  5. Recebimento do medicamento: após a aprovação, o medicamento será fornecido.

Os critérios para fornecimento de medicamentos para psoríase moderada a grave segundo o PCDT são (pelo menos um deles):

  • Escore PASI superior a 10 ou Acometimento superior a 10% da superfície corporal ou DLQI superior a 10;
  • Psoríase acometendo extensamente o aparelho ungueal (onicólise ou onicodistrofia em ao menos duas unhas);
  • Psoríase palmo-plantar resistente a tratamentos tópicos de uso padrão, como corticosteroides de alta potência, análogo da vitamina D e queratolíticos (ácido salicílico a 5%) com uso contínuo por 3 meses;
  • Psoríase que acomete outras áreas especiais, como genitália, rosto, couro cabeludo e dobras, resistentes a medicamentos tópicos, tais como corticosteroides e análogos da vitamina D e fototerapia com uso contínuo por 3 meses.

Tratamento pelo sistema privado (planos de saúde)

A Diretriz de Utilização (DUT) número 65 da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) regulamenta o fornecimento de medicamentos biológicos e imunobiológicos pelos planos de saúde para tratar a psoríase moderada a grave. A DUT exige que planos de saúde cubram esses tratamentos, desde que estejam no Rol de procedimentos da ANS e respeitem pelo menos um dos seguintes critérios:

  • Índice da Gravidade da Psoríase por Área – PASI superior a 10;
  • Acometimento superior a 10% da superfície corporal;
  • Índice de Qualidade de Vida em Dermatologia – DLQI superior a 10;
  • Psoríase acometendo extensamente o aparelho ungueal, resistente ao tratamento convencional, associada a DLQI superior a 10;
  • Psoríase palmo-plantar, resistente ao tratamento convencional, associada a DLQI superior a 10;
  • Psoríase acometendo outras áreas especiais, como genitália, rosto, couro cabeludo e dobras, resistente ao tratamento convencional, associada a DLQI superior a 10.
psoríase no couro cabeludo e como conseguir medicamentos para ela

Os medicamentos incluídos na DUT da Psoríase são: Adalimumabe, Etanercepte, Guselcumabe, Brodalumabe, Infliximabe, Ixequizumabe, Secuquinumabe, Ustequinumabe, Risanquizumabe ou Certolizumabe pegol

Apesar da DUT 65 nomear os tratamentos que os planos devem disponibilizar através do Rol, isto não impede que os planos cubram outros medicamentos chamados “extra-Rol” a depender do caso. Um exemplo disso são medicamentos orais, que apesar de não serem elegíveis a este Rol, podem ser reembolsados a critério e negociação.

Como solicitar o medicamento ao plano de saúde?

  1. Consulta com o médico: o médico seja credenciado ou não ao plano (particular) avaliará sua condição e prescreverá o medicamento mais adequado para o seu caso;
  2. Envio da solicitação ao plano de saúde: apresenta a prescrição médica (receita), laudos e exames que justifiquem a necessidade do tratamento. Essa parte varia muito entre planos, alguns permitem que você faça isso através de aplicativos nos celulares, ou enviando por e-mail, ou se informando por ligação ao SAC do plano;
  3. Análise do plano: o plano de saúde tem um prazo para aprovar ou negar a cobertura de 21 dias.
  4. Acompanhamento do pedido: caso haja demora, você pode reclamar junto à ANS pelo telefone 0800 701 9656.

Negativa do plano de saúde: o que fazer?

  • Certifique-se junto ao seu médico de que não faltam documentos ou exames;
  • Justifique a urgência: envie uma carta ao plano, com apoio do médico, explicando o risco de agravo da sua saúde sem o tratamento;
  • Reclame à ANS: a ANS pode intervir para garantir que o plano cumpra a legislação.

O princípio da liberalidade médica

Este princípio é tão importante tanto no SUS quanto nos planos de saúde. Ele garante que:

  • O médico, com base em sua avaliação clínica e em evidências científicas publicadas e já corroboradas pelo menos em algum outro país, tem liberdade para escolher o melhor tratamento para o paciente;
  • Planos de saúde não podem interferir na prescrição médica, desde que ela seja fundamentada em evidência científicas e na necessidade do paciente.

Se um tratamento recomendado não estiver listado no PCDT ou na DUT da ANS, o paciente ainda pode buscar o acesso com base nesse princípio, utilizando relatórios médicos detalhados e argumentados, se necessário.

5 dicas práticas para pacientes com psoríase

  1. Converse com seu médico dermatologista: explique como a doença afeta sua vida para ajudar o profissional a indicar o melhor tratamento;
  2. Guarde todos os documentos: relatórios médicos, receitas e exames são essenciais para qualquer solicitação de medicamentos seja no SUS ou por meio dos planos de saúde;
  3. Informe-se sobre seus direitos: conheça o PCDT, a DUT número 65 e os prazos de resposta dos órgãos reguladores;
  4. Procure apoio: em caso de dificuldades, recorra à Secretaria de Saúde, a ANS, e às associações de pacientes que podem ajudar;
  5. Mantenha-se atualizado: medicamentos cada vez mais modernos estão chegando e podem ser incorporados no SUS ou na lista de cobertura dos planos de saúde, por isso engaje nas chamadas Consultas Públicas quando elas estiverem abertas.

Saiba que…

A busca por tratamento e medicamentos modernos e eficazes para psoríase exige paciência e conhecido dos seus direitos. O PCDT de 2019, a DUT número 65 da ANS e o princípio da liberalidade médica são ferramentas essenciais para garantir que os pacientes tenham acesso ao tratamento necessário, seja pelo SUS ou pelo sistema privado.

Os pacientes do Dr Gabriel recebem todo o suporte de prescrição, laudos e exames durante o acompanhamento para que seus pacientes consigam o melhor medicamento seja no sistema público ou via planos de saúde.

Se você enfrenta dificuldades, não desiste em buscar ajuda do seu médico dermatologista, ou de órgãos reguladores ou de associações de pacientes.

Controlar a psoríase é possível, e você tem direito a uma melhor qualidade de vida.

Leia mais:

https://drgabrieldermatologista.com.br/psoriase-no-couro-cabeludo/

https://drgabrieldermatologista.com.br/psoriase/

https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/pcdt/arquivos/2019/PortariaConjuntan18de14102021_PCDT_Psoriase.pdf